Estudo do OberCom destaca riscos éticos e a necessidade de formação especializada para jornalistas na era digital.
A ascensão da Inteligência Artificial Generativa está a transformar o panorama jornalístico global, apresentando tanto oportunidades de inovação como desafios éticos significativos. O estudo mais recente do OberCom sublinha a urgência de regulamentação adequada e formação contínua para os profissionais da comunicação.
Oportunidades de Inovação
Ferramentas de IA Generativa, como o ChatGPT, oferecem aos jornalistas a capacidade de automatizar tarefas rotineiras, permitindo uma maior eficiência nas redações. Estas ferramentas podem auxiliar na transcrição de entrevistas, criação de resumos e rascunhos de artigos, libertando os profissionais para se concentrarem em atividades mais criativas, analíticas e investigativas.
Além disso, a personalização de conteúdos para audiências específicas torna-se mais viável, potencializando a interação do público e a disseminação de informações relevantes.
Desafios Éticos e Profissionais
O estudo do OberCom alerta para riscos significativos, incluindo:
- Desinformação Automatizada: A capacidade da IA de gerar conteúdos plausíveis pode ser explorada para disseminar notícias falsas em larga escala, dificultando a distinção entre factos e fake news.
- Erosão da Autenticidade: A proliferação de conteúdos gerados por IA pode comprometer a confiança do público na veracidade das notícias, especialmente se não houver transparência sobre o uso da tecnologia na produção de informações.
- Impacto no Emprego: A automação de tarefas jornalísticas pode ameaçar postos de trabalho, especialmente entre profissionais que não possuem formação em competências digitais avançadas.
Necessidade de Formação e Regulamentação
Para mitigar os riscos associados à IA Generativa, o estudo enfatiza a importância de:
- Formação Contínua: As empresas de media devem investir na capacitação dos seus profissionais, assegurando que estes adquiram competências em literacia digital e ética aplicada à inteligência artificial.
- Diretrizes Claras: É imperativo estabelecer políticas internas que regulamentem o uso da IA na produção de conteúdos, garantindo a supervisão humana e a transparência nos processos editoriais.
- Regulamentação Governamental: As entidades reguladoras devem desenvolver frameworks legais que abordem questões como direitos autorais, responsabilidade civil e proteção contra a desinformação.
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