A API reuniu com a ANACOM para abordar reclamações crescentes e encontrar soluções para os desafios estruturais que comprometem a entrega atempada de publicações e a confiança dos leitores.
A API esteve, no dia 8 deste mês, com Sandra Maximiano, presidente do conselho de administração da ANACOM, Patrícia Silva Gonçalves, vogal do conselho de administração e Agostinho Franco, diretor adjunto da Direção-Geral de Regulação, para discutir possíveis soluções para os problemas da distribuição postal que afetam todo o setor da imprensa escrita.
Os mais recentes dados publicados pela ANACOM no Relatório sobre Reclamações no Setor das Comunicações (Relatório Reclamações ANACOM – 3.º trimestre 2024) são claros e preocupantes. No 3.º trimestre de 2024, os CTT foram o operador mais reclamado nos serviços postais, concentrando 81% do total de reclamações com 8,3 mil reclamações registadas. Este número representa um aumento de 6% face ao mesmo período de 2023, além de um crescimento face aos valores do primeiro e segundo trimestres deste ano (7,8 mil e 7,7 mil reclamações, respetivamente).
Este cenário repetitivo demonstra que os problemas são estruturais e carecem de medidas urgentes e eficazes. Apesar das responsabilidades atribuídas aos CTT, os indicadores de qualidade comprovam que a situação continua a degradar-se a olhos vistos, com impactos negativos profundos no setor da imprensa, a qual depende de uma distribuição postal fiável e atempada para chegar aos seus assinantes e leitores.
Estes problemas, além de colocarem em causa a confiança dos leitores, têm implicações graves:
- Quebra nas receitas publicitárias, uma vez que os atrasos reduzem a eficácia e alcance dos anúncios;
- Diminuição do número de assinaturas, devido ao cancelamento pela insatisfação dos leitores com os serviços de entrega;
- Danos reputacionais, tanto para as publicações, como para o setor em geral, dificílimos de recuperar.
A Associação envidará todos os esforços no sentido de encontrar soluções para a situação presente.